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domingo, 2 de janeiro de 2011

Jornal Correio do Povo 01 de abril de 2010

O primeiro ambulatório de tratamento de doenças do cabelo e do couro cabeludo do Estado começou a funcionar hoje no Complexo Hospitalar da Santa Casa de Porto Alegre. Com três salas de consultas, o objetivo do espaço é tratar as doenças “alopécias”, que estão ligadas à queda de cabelo. A unidade fará atendimentos por convênios e pelo SUS aos pacientes da Capital e do Interior. A equipe, composta de três dermatologistas, fará cerca de 15 consultas por dia através dos agendamentos via convênios. Os atendimentos pelo SUS variam de acordo com a procura pelo serviço.


Segundo a coordenadora do ambulatório, a dermatologista Giselle Martins Pinto, a ideia é permitir o atendimento especializado às doenças relacionadas ao couro cabeludo. Ela lembrou que esse tipo de serviço já era prestado através do setor de dermatologia do hospital. “Normalmente, são atendimentos mais demorados e complexos porque exigem uma recuperação do histórico da saúde do paciente e, em alguns casos, da família, além da necessidade de exames específicos. Com esse espaço, será possível dar uma atenção mais direcionada para as doenças do cabelo”, afirmou ela.


Entre as principais causas da queda estão as anemias, as alterações hormonais, lúpus ou fungos. Além disso, ela afirmou que existem diferenciações entre a calvície masculina e feminina. Giselle explicou que a maior parte dos casos que envolvem os homens se deve à herança genética. Em relação às mulheres, a doença está relacionada principalmente às mudanças hormonais. A dermatologista lembrou que é comum ocorrer uma queda de cabelo severa quando as mulheres entram na menopausa ou após o parto.

El
a citou que na última década outra doença tem chamado a atenção: “areata”. Essa enfermidade se caracteriza pela queda de partes do cabelo, provocando falhas grandes no couro cabeludo. Giselle explicou que esse tipo de doença está ligada às situações extremas de stress. A dermatologista destacou que a queda também é uma questão estética. “Para o paciente, na maioria das vezes, é difícil falar do assunto. Eles esperam soluções rápidas pelo incômodo visual da doença”, ressaltou ela. Mesmo assim, o tratamento é demorado e exige persistência para que os bons resultados apareçam. A média de tempo para o nascimento dos fios é de dois a três meses.


As pesquisas nesta área aumentaram nas últimas duas décadas no país. Atualmente, existem tratamentos que associam medicação e aplicação de produtos no cabelo e outros que envolvem procedimentos cirúrgicos. Ela lembrou que o Rio Grande do Sul é o terceiro estado do país a contar com um ambulatório direcionado ao tratamento de doenças do couro cabeludo, juntamente com São Paulo e Rio de Janeiro. Os pacientes que querem agendar consultas devem procurar os postos de saúde e solicitar encaminhamento para o laboratório da Santa Casa. Quem tem convênios ou quer atendimento particular pode entrar em contato diretamente com a Central de Agendamento pelo número (51) 3214-8000.